23 maio, 2013

Chorona assumida

Que eu sempre fui chorona, não há amigo meu que não saiba.
Se você teve o mínimo de convivência comigo e/ou a minha família sabe de cór a história da bebê que chorou 40 dias seguidos e toda comparação com os outros bebês no melhor tipo "nível Bia de chorosidade".
Contam que próximo aos 2 anos minha mãe me perguntou por que eu chorava, a resposta era porque eu gostava e antes de parar só queria chorar mais um pouquinho.
Durante a infância não foi diferente e menos ainda na adolescência, até os dias atuais sou conhecida na família pelo meu sentimentalismo e manteguísse-derretida.

Mas venho eu nesse ilustre momento me defender, mostrar a todos que a minha causa é de natureza nobre e motivos maiores.
Eu choro por uma emoção maior que a vida, por admiração suprema ou mesmo por não entender, coisa de pele, saca?
Choro em casamento de gente desconhecida, mas não pela cerimônia, na verdade eu choro quando toca música.
Já cheguei a chorar no trem ouvindo "Reach" da Glória Stefan e lembrar que era o tema das Olimpíadas de 96 e toda a superação que os atletas dedicaram para estar lá.
Eu até fiz piada de que só choraria no meu parto se tivesse música de fundo, e realmente, não chorei.
Eu choro em filme, tipo quase todos eles, pode ser filme inédito ou clássico da minha Dvdteca, e choro mais ainda se tiver uma música bonita de fundo.
E choro mais ainda em competições de dança... se for no gelo então, choro copiosamente.
Tem dias que eu até procuro filme triste, só pra aproveitar e chorar um pouco.
Não preciso ter relação nenhuma com os fatos/pessoas envolvidas, eu choro por empatia, mesmo que eu nunca fizesse ou estivesse naquela situação.
A cura? Espero que nunca exista.
Chorar funciona como válvula de alívio e não apenas em situações ruins. Chorar faz brotar o que de mais bonito minha alma percebe no mundo.



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