1 ano

Hoje faz um ano que meu avô faleceu.
Lembrar disso é lembrar de como eu me sentia numa situação péssima a um ano atrás. Não só pelo momento da saúde que ele vivia mas também pelo meu momento meio-fim de gravidez e tudo o mais que vinha no pacote.
Eu não queria ir à missa de 1 ano, e inicialmente achei que era por detestar missas... só agora percebi que é porque me acabarei de chorar novamente, igual a 1 ano atrás.
Nem tudo eram flores, e no fim eu tinha vontade de dar uma palmada a cada negligência dele com a saúde e bem-estar, a cada teimosia e a cada piada contada pela quinquagésima nona vez.
Mas o problema é que eu só consigo sentir uma saudade absurda do meu avô favorito (os outros que entendam, não os estou menosprezando), de como ele mesmo se proclamava, meu pai duas vezes.
Sei que você esta por perto sempre que possível e vive as nossas alegrias e angústias como se fossem suas.
Sei que apesar de você não ter pegado a Sofia nos braços, você a viu bem antes de todos nós, quando ela nasceu em sua cama durante um sonho.
Sei que você esta mais em paz e com mais saúde do que o sofrimento que tinha a um ano atrás.
Mas o que eu sei com mais convicção é que a saudade que tenho me dói intensamente no peito, e que mesmo que a gente não queira lembra de tudo ruim que vivemos, muita coisa linda aconteceu nesse período também.
Te amo eternamente meu querido...

Vou me adiantar e correr pra missa agora.
É bom lembrar e agradecer com outros que dividirão dos mesmos sentimentos que os meus.