08 maio, 2014

#até que o guinho nos separe

Eu sou uma pessoa meio desaforada no trânsito... eu dou a vez tanto aos pedestres como a quem dá seta em 90% das vezes, e nos 10% quando estou muito em cima para reduzir peço desculpas mentalmente.
Todavia, porém, entretanto, nada me causa uma ira maior do que um folgado que me fecha assim sem exitar e eu posso ser bem agressiva também ao não dar essa passagem, para não dizer imprudente.

Já sofri 2 grandes violências no trânsito, ambas por motoristas homens que me ofenderam ou me ironizaram por ser mulher ao volante. Em ambos os casos meu namorado (na melhor das tentativas de me acalmar) me lembrou que a vida é assim mesmo e os homens serão mais folgados ainda se for uma mulher dirigindo o outro carro.
Bem, não foi sobre o preconceito dos sexos que vim falar necessariamente, mas pelo fato de que dirigir no Brasil é despertar o instinto mais primitivo sempre que sentamos ao volante, todo mundo sabe, todo mundo sente, pouca gente respira fundo e diz que não vale a pena lutar por meio metro a frente no caminho.
Agora o que eu nunca me dei conta é que toda a comunidade internacional também sabe disso, e estando nós em época de copa viramos o assunto da vez, conforme esta matéria.

E o que uma coisa tem haver com a outra?
Hoje de manhã fui fechada por um carro e antes de sequer protestar minha indignação li o adesivo no vidro traseiro: #até que o guinho nos separe. E eu, eu ri... ri muito por sinal!
Nesse exato instante eu percebi quão desnecessária essa briga toda é na minha vida, porque convenhamos, problemas sociais e injustiças não nos faltam, mas até ai aderir a causa de que um acidente de carro vale a pena para que eu aproveite cada centímetro do asfalto já é demais...
Passei então a reparar nas ultrapassagens mais do que arriscadas, na velocidade beeem acima dos limites das ruas residenciais e achei a todos grandecíssimos idiotas, inclusive eu mesma.

Um comentário:

  1. Realmente, dirigir no Brasil é uma aventura! Toda vez que vamos visitar a família no Rio, eu me estresso demais com o jeito de dirigir dos cariocas. Já desacostumei com a falta de educação no trânsito.

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