16 abril, 2014

Para o meu pai

Meu pai foi e é um grande amor na minha vida.
Não, eu nunca precisei tratar isso em terapia, mesmo fazendo a alguns anos. Sim, é um amor Ágape.

Parte dos meus conflitos do começo da vida adulta foi em enxergar a desconstrução do herói que existia em minha mente e eu sofri muito com isso, mas o amor não mudou e a gente aprende que ser humano (full package eu diria) é conhecer e aceitar essa coleção de detalhes nas pessoas.
Mas enfim, o que me levou a falar dele foram dois posts, no estilo bem Inception, onde uma mãe fala sobre aceitar a personalidade dos nossos filhos e faz referência à uma lista da psicoterapeuta Tara Hedman, com 20 coisas que sua filha pequena gostaria que você soubesse.
Minha identificação inicial foi para com a criação da Sofia, porém minha surpresa final foi chegar ao fim da lista com os olhos marejados, por entender muito do que eu sou hoje em dia naquelas linhas e cheia de vontade de agradecer por pontos importantes na minha criação.
O que mais me impressiona é que são coisas tão simples que nos passam batidos e fazer toda a conexão na nossa vasta coleção de detalhes.
Por fim... para que eu nunca me esqueça, seguem agradecimentos que eu com certeza farei:

3. Eu aprendo a maneira em que devo ser tratada pela maneira que você trata a minha mãe, independente de você ser casado com ela ou não.
10. Ensine-me a amar a arte, a ciência e a natureza e eu aprenderei que o intelecto é mais importante do que o tamanho do meu manequim.
14. Quando você me deixar te ajudar a consertar o carro e a pintar a casa, eu vou acreditar que sou capaz de fazer qualquer coisa que um menino também faz.
16. A maneira como você trata o nosso cachorro, quando acha que eu não estou olhando, me diz mais sobre você do que praticamente qualquer outra coisa.
17. Não deixe que o dinheiro seja o mais importante, ou eu vou aprender a não respeitar nem o dinheiro, nem você.
19. Por favor, não minta, porque eu acredito no que você diz.
E no meu toque mais pessoal eu acrescentaria: Obrigada por me mostrar o valor da espontâneidade, que o que importa é o caminho e não o destino, e eu digo isso literalmente, filha de quem viajou meio Brasil de carro e aprendeu a amar a simplicidade e a riqueza disso.

Um comentário:

  1. Lendo o seu perfil vejo que é uma mulher polivalente!
    Adorei este seu texto, muito bonito e profundo, toca em questões fundamentais sobre as relações entre pais e filhos e entre seres humanos.
    Vou conferir os links que você indicou.
    Também te sigo
    Abraço

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