11 maio, 2008

Maio de 68... Já fazem 40 anos!

Até que ponto você defenderia um ideal?

Num pais aonde todas as revoltas são tratadas como palhaçada, a famosa pizza virou um aspecto da nossa sociedade. São assassinatos de crianças que só viram debate enquanto o assunto é quente, aumento do valor do transporte que só é contestado durante algum comentário no metrô super lotado das 18h, são as cargas de trabalho intensificadas das quais não nos opomos afinal temos contas que também aumentam em igual proporção a cada dia... esse papo que a gente conhece de cor e salteado.
Ok, mas de onde surgiu a minha pergunta inicial?

É banal, talvez... mas como a arte imita a vida, é impossível não associar:
Assistia a “Corrente do Bem” e “A Vida de David Galé”, ambos com o Kevin Space e ambos falando de ideais a serem defendidos. Coincidentemente, ambos morrem defendendo seus ideais.
Já vimos isso aos montes em filmes de Hollywood, mas falemos de coisas mais reais, como funcionários franceses se suicidando dentro das fábricas da Peugeot e Renault na França, depois que um novo CEO (por acaso brasileiro) decidiu impor um ritmo de trabalho mais intenso ao belo Primeiro Mundo.
Falo também de seitas que levam muçulmanos a virarem homens-bomba, movimento neo-fascista, suicídio social quando algum japonês sente que desonrou o nome de sua família, e mais uma porrada de situações que a história mostra.

Me questiono se, respeitando os limites entre os extremos, seríamos capazes de defendermos ideais?

Por favor, não me fale do Corithians (ou qualquer outro time, whatever), digo de ideais como Liberdade, Igualdade e Fraternidade – respeitem o trocadilho! – e de todas as atitudes que moveram os jovens do mundo ocidental em Maio de 1968.
É claro que muitos desses jovens iam pelo oba-oba e pra mostrar ao broto que estavam engajados, sabendo-se lá no que.
Mas o ponto é: existia uma reação!
O que existe hoje é uma coletividade de contra-ação. Jovens, e por que não dizer velhos desiludidos, que simplesmente não querem atuar, jogaram a toalha, optaram por não se envolver.

O que não percebem é que a morte de uma borboleta pode gerar um tufão do outro lado do mundo. E que na verdade, a política faz parte da nossa vida desde que não nascemos, não se envolver não é uma opção. E que tudo que se acredita na vida só será valido, só será digno de crença quando sua crença ultrapassa a aceitação e vira um modo de vida.

Não sei o fim desse post, não vi o fim do filme da nossa vida.
Mas a história mostra e a arte encena: viver (mais do que morrer!) pelo que acreditamos sempre valerá a pena, sempre trará plenitude e sinceridade de nós para conosco.
E esse lance de suicídio social só cola pra mim na teoria de Durkhein.

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