11 junho, 2014

tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo

No sábado passado tive uma conversa muito agradável com uma prima sobre como vivemos numa era racionalista onde até mesmo pessoas um pouco espiritualizadas negam suas intuições nas questões mais diárias. Desta conversa mais do que oportuna, dado o momento em que vivo, cheguei ao filme “Profecia Celestina” e relembrei porque tinha gostado tanto da leitura que fiz a alguns anos atrás. Veja que eu mal lembrava das passagens do livro, mas sabia dentro de mim que foi um conhecimento importante.
E hoje recebo esta linda mensagem:
"A todo instante nos vemos diante da necessidade de tomar decisões. E devemos trabalhar para que todas as escolhas sejam feitas a partir da presença e da consciência amorosa. Mas nem sempre isso é possível, porque algumas situações de fato rebaixam nossa consciência. Dependendo da circunstância em que se encontra, você não consegue ouvir a intuição, nem ler os sinais do universo através da sincronicidade. Então, procure estar atento: perceba que o lugar para onde você deve ir irradia uma luz. O caminho a seguir tem uma rara luminosidade. Esse lugar ativa um "bom" em você. Existe um magnetismo te puxando naquela direção. Isso significa que ali tem algo para você aprender. Essa percepção da luminosidade - a seta que indica o caminho - se torna cada vez mais pronunciada na medida em que você purifica o coração".
Texto de Sri Prem Baba

A constatação que fica é: estou ou não sendo intuída pelo universo?!

08 maio, 2014

#até que o guinho nos separe

Eu sou uma pessoa meio desaforada no trânsito... eu dou a vez tanto aos pedestres como a quem dá seta em 90% das vezes, e nos 10% quando estou muito em cima para reduzir peço desculpas mentalmente.
Todavia, porém, entretanto, nada me causa uma ira maior do que um folgado que me fecha assim sem exitar e eu posso ser bem agressiva também ao não dar essa passagem, para não dizer imprudente.

Já sofri 2 grandes violências no trânsito, ambas por motoristas homens que me ofenderam ou me ironizaram por ser mulher ao volante. Em ambos os casos meu namorado (na melhor das tentativas de me acalmar) me lembrou que a vida é assim mesmo e os homens serão mais folgados ainda se for uma mulher dirigindo o outro carro.
Bem, não foi sobre o preconceito dos sexos que vim falar necessariamente, mas pelo fato de que dirigir no Brasil é despertar o instinto mais primitivo sempre que sentamos ao volante, todo mundo sabe, todo mundo sente, pouca gente respira fundo e diz que não vale a pena lutar por meio metro a frente no caminho.
Agora o que eu nunca me dei conta é que toda a comunidade internacional também sabe disso, e estando nós em época de copa viramos o assunto da vez, conforme esta matéria.

E o que uma coisa tem haver com a outra?
Hoje de manhã fui fechada por um carro e antes de sequer protestar minha indignação li o adesivo no vidro traseiro: #até que o guinho nos separe. E eu, eu ri... ri muito por sinal!
Nesse exato instante eu percebi quão desnecessária essa briga toda é na minha vida, porque convenhamos, problemas sociais e injustiças não nos faltam, mas até ai aderir a causa de que um acidente de carro vale a pena para que eu aproveite cada centímetro do asfalto já é demais...
Passei então a reparar nas ultrapassagens mais do que arriscadas, na velocidade beeem acima dos limites das ruas residenciais e achei a todos grandecíssimos idiotas, inclusive eu mesma.

16 abril, 2014

Para o meu pai

Meu pai foi e é um grande amor na minha vida.
Não, eu nunca precisei tratar isso em terapia, mesmo fazendo a alguns anos. Sim, é um amor Ágape.

Parte dos meus conflitos do começo da vida adulta foi em enxergar a desconstrução do herói que existia em minha mente e eu sofri muito com isso, mas o amor não mudou e a gente aprende que ser humano (full package eu diria) é conhecer e aceitar essa coleção de detalhes nas pessoas.
Mas enfim, o que me levou a falar dele foram dois posts, no estilo bem Inception, onde uma mãe fala sobre aceitar a personalidade dos nossos filhos e faz referência à uma lista da psicoterapeuta Tara Hedman, com 20 coisas que sua filha pequena gostaria que você soubesse.
Minha identificação inicial foi para com a criação da Sofia, porém minha surpresa final foi chegar ao fim da lista com os olhos marejados, por entender muito do que eu sou hoje em dia naquelas linhas e cheia de vontade de agradecer por pontos importantes na minha criação.
O que mais me impressiona é que são coisas tão simples que nos passam batidos e fazer toda a conexão na nossa vasta coleção de detalhes.
Por fim... para que eu nunca me esqueça, seguem agradecimentos que eu com certeza farei:

3. Eu aprendo a maneira em que devo ser tratada pela maneira que você trata a minha mãe, independente de você ser casado com ela ou não.
10. Ensine-me a amar a arte, a ciência e a natureza e eu aprenderei que o intelecto é mais importante do que o tamanho do meu manequim.
14. Quando você me deixar te ajudar a consertar o carro e a pintar a casa, eu vou acreditar que sou capaz de fazer qualquer coisa que um menino também faz.
16. A maneira como você trata o nosso cachorro, quando acha que eu não estou olhando, me diz mais sobre você do que praticamente qualquer outra coisa.
17. Não deixe que o dinheiro seja o mais importante, ou eu vou aprender a não respeitar nem o dinheiro, nem você.
19. Por favor, não minta, porque eu acredito no que você diz.
E no meu toque mais pessoal eu acrescentaria: Obrigada por me mostrar o valor da espontâneidade, que o que importa é o caminho e não o destino, e eu digo isso literalmente, filha de quem viajou meio Brasil de carro e aprendeu a amar a simplicidade e a riqueza disso.

15 abril, 2014

Sobre a água

Ontem a noite ouvia a chuva no quintal e me lembrei de uma memória muito doce que quero guardar para a minha pequena:
Era uma vez um pai que ensinou que sempre ao final do banho deve-se despedir da água e agradecê-la pelo banho. Nos dias seguintes pegamos uma garoa ao entrar correndo para casa e enquanto minha preocupação era não deixar que a pequena se molhasse muito, a dela foi estender as mãos tentando alcançar cada respingo seguido de vários: Obrigada, obrigada, obrigada. - Ela tinha acabado de fazer 2 anos.

Eu sempre conto essa história aos outros pois além de ser fofa demonstra todo o respeito que eu quero que ela tenha para com o mundo. Porém hoje fui surpreendida com o questionamento de volta: e as intenções que eu tenho para com o mundo?
Lendo um post lindíssimo me lembrei de que por mais que eu ponha o Respeito no mais alto patamar das atitudes, o dia-a-dia e a correria absurda me faz passar batido, quase que mecânica, em algumas das atitudes, dentre elas a minha Reverência às forças maiores.
Quanto ao post mencionado, ele fala por si melhor do que a minha descrição, leiam! - Dia Mundial da Água - 2 de março

10 abril, 2014

O melhor de 2013

2013 foi um aninho teeeenso, daqueles bem carne de pescoço. Mas para momentos como esse deus foi generoso e inventou a terapia... porém como nem só de conversa a gente leva a vida, acho mais do que digno destacar o que me embalou esse ano.
Foram muitas bandas descobertas e bastante coisa gostosinha entrou nos meus fones, porém quem abalou meu coração e fizeram dos meus dias mais agradáveis foram essas duas:

Nacional - Clarice Falcão
Ouvi muito por acaso em postagens alheias no facebook, fiquei curiosa e me apaixonei por tudo o que ela canta.
Depois de mergulhar no detalhe, lembrei que eu sou mega fã de um curta que ela atuou em 2006 chamado Ties/Laços. Alguém comprou os direitos dele e não acho mais para assistir na web, mas eu o tenho como um momento muito especial na maior amizade que eu tenho.

Internacional - Of Monster and Men
Essa eu descobri na rádio 89 às vésperas do Lollapalloza 2013 e me encantei instantaneamente por "Mountain Sound", dai pra baixar o cd inteiro foram minutos e ele não sai mais da minha playlist.
É o tipo de música que não me canso de ouvir, mesmo no repeat e independente do humor.

E por último, mas não menos importante, Questão de Tempo (About Time) O filme de 2013... filme esse que eu assisti por indicação do blog Botõezinhos e que me faz pensar vez ou outra na vida, seja ela presente, passada ou futura, sempre me tira lágrimas.



20 fevereiro, 2014

Os três crivos

Já me ensinaram a muitos anos atrás que tudo o que reproduzimos deveria passar pelos 3 crivos: o da verdade, o da bondade e o da utilidade.
Por acaso tenho me focado muito neles ultimamente, sei lá, porque tá nas minhas metas de 2014 ser uma pessoa melhor rsss, de qualquer forma olha no que eu esbarrei hoje:


05 fevereiro, 2014

Como irritar um brasileiro

Quem me conhece sabe do meu eterno desejo-plano de morar em outros países, desta forma estou sempre acompanhando blogs de brasileiros que emigraram, seja para conhecer mais do processo imigratório ou por simples curiosidade pra saber como são as coisas nas bandas de lá.
A inversão da moeda eu achei hoje, um post bem engraçado de conselhos para estrangeiros lidarem conosco, e o melhor, não fala mau do Brasil como a grande parte de publicações do gênero.


How to piss off a Brazilian


Be dirty.
Never mind the nasty habit of throwing garbage out of car windows — Brazilians are tidy people, who sometimes shower twice a day. Everyone is expected to change clothes daily, wash hands when coming in from the streets, and brush teeth after every meal (have you noticed Brazilian teeth?).
So if you’re staying at a Brazilian guesthouse or hostel, keep it clean, take out the trash, make your bed, use deodorant. And always take a shower before going to bed. Always.
Speak Spanish.
Yes, the vast majority of Latin America are Spanish speakers. But this is not a country where people greet with “hola!” and thank with “gracias.” Brazil was colonized by many countries (oh, you hungry Europeans), but Portugal sort of won it and the land developed its own singular version of the language.
While it’s true that the languages sound similar, it’s easier to find someone trying to speak English than Spanish, especially in big cities, as that’s the second language in the school curriculum.
Still, when traveling outside tourist spots, chances are you won’t find anyone speaking anything other than the local language, or perhaps a regional dialect. If you’re planning on traveling to Brazil, it’s wise to learn a few words of Portuguese.
Make geographic mistakes.
Study your maps before crossing the border. I know it sounds silly, but some people really seem to believe the Amazon belongs to the US, which is just wrong. Also, the capital is not Rio or São Paulo — it is Brasilia, in the geographical middle of the country. It was built in the ’50s by a team of architects and engineers led by Oscar Niemeyer, the longest-living architect to ever walk the Earth.
Do the Argentina thing.
It’s rude to name Buenos Aires as the Brazilian capital. It’s even ruder to conflate Brazil and Argentina in general. And it’s just horrible to be constantly comparing Brazilian and Argentinian soccer, churrasco, women, weather, transportation, or whatever. Don’t.
Criticize.
This is true in any country. You don’t walk into a house and say the couch is ugly, do you?
Still, we know: social injustice, lazy workers, corrupt leaders, the Brazilian jeitinho. It sucks, and we tend to spend hours criticizing our own ways. But foreigners are not allowed to, and if you decide to try it after two caipirinhas, you might get an angry look across the table or even a “you don’t know what you’re saying!” angry shout from someone who was bad-mouthing the country a second ago. Exception made to traffic in São Paulo, always a great conversation starter.
Note: The famous quote that goes “Brazil is not a serious country” wasn’t said by French President Charles de Gaulle, but by the Brazilian ambassador to France at the time, Carlos Alves de Souza — which instantly makes the sentence very much true.
Expect every gal to be slutty.
As a woman and a traveler, I know once you say you’re Brazilian, men start to flirt. While Brazilian women tend to be smiling, warm, and free-spirited (not to mention attractive), it doesn’t mean they’re always willing to make out with strangers or jump into your bed. Also: Unless you’re absolutely, 100% sure she’s a hooker, don’t offer money. Yes, it happens.
Be punctual.
I’m sorry, but Brazil’s just not familiar with the obligation of always arriving on time. Leave that to the Brits. Always arrive at a party around an hour and a half later than indicated, blaming the traffic, rain, or whatever.
In business meetings, being 10-20 minutes late is usually all right. Personally, I hate it, but it is what it is, and once you learn to let things flow and not care about the hour, you’ll be hooked. Try it.
Demand efficiency.
We Brazilians may mock our fellow Portuguese (the ‘português joke’ is truly a thing) for a number of reasons, but there’s something else we inherited from them other than language and centuries of slavery: a lack of efficiency.
Take a fast food drive-through, for instance. It isn’t rare to have someone take your order on a piece of paper, then make you stop at a window and deliver the paper to another person, then drive to another window and pay, then drive over to another line to wait to pick up your food.
Try not to force your Brazilian friend / coworker into doing something in a fast / efficient way. You’ll end up frustrated and annoyed.
Do the futebol thing.
If you’re in Brazil, you have to cheer for the yellow and green team. If you’re a gringo and really have to cheer for your country’s team during a match, do it at a friend’s house or an expat pub. Never the nearest boteco.
Mock the way we speak English.
While you’ll often find English speakers among Brazilians, especially in business, it’s rare to talk to someone who can speak the language perfectly. Add to the mix the fact that Brazilians are prone to long and complex sentences.
When in doubt, just ask. Ignore any errors, say the accent is cute, and, if possible, compliment when someone makes the effort of trying to speak your language. It will be appreciated.
Wear Havaianas on a date.
C’mon, we’re informal people, and there’s this never-ending hype of coloured plastic flip-flops around the world, but that doesn’t mean it’s okay to show your feet outside the house. No one does it. If you’re not at the beach / pool, wear proper footwear.
Demand privacy.
People will ask personal questions, take pictures without asking, show up unannounced, try to start a conversation while you’re busy, poke you to ask something trivial, expect you to change plans you already made…but we usually mean no harm.
If you think someone’s crossing the line, try to laugh about it and go back to your aloof ways, a quality not all my fellow countrymen/women are familiar with. Warm people, remember? It’s part of the charm and the reason we always get saudades when away from home — Brazilians, as with most Latinos, tend to feel people are very cold / distant / overly formal anywhere else. 

30 janeiro, 2014

Porque quando o recado vêm, é a galope

Dando continuidade ao tema de ontem, chega a ser surpreendente como o universo conspira na avalanche de mensagens quando a gente se abre a recebê-las.
Foi eu começar a reforma mental e já me deparei com o programa do Gasparetto, onde o Calunga dava aquela ensaboada sobre sermos a energia que emanamos, não a que o ambiente ao redor nos devolve, e por hoje este video impressionante sobre - porque não? - coragem.


29 janeiro, 2014

Seja seu melhor amigo, e não um crítico. De críticos esse mundo já está abarrotado.

2014 não começou cheio de flores pra mim... não que eu espere que uma simples mudança no dígito traga uma onda mágica de bons fluídos que mudarão automaticamente as nossas vidas, mas eu sempre gostei dos rituais de ano novo.
Gostei, no pretérito mesmo, porque a cerca de 2/3 anos eu perdi essa bússola mística que me orientava pra faxina interna que precisamos fazer a cada ano. Fatos da vida e mudanças a parte, a boa da verdade é que eu deixei de acreditar em mim e depositei a maioria das minhas referências no que as pessoas mais próximas achavam.
O resultado não tem sido muito bom, diga-se de passagem... apesar de ter me proporcionado a chance de separar muito joio do trigo, também me fez me desapontar muito.

A princípio eu me desapontei muito comigo. Me puni demais, me neguei demais, me culpei mais ainda.
Com o passar do tempo passei a exigir dos outros quase tanto quanto exijo de mim mesma e ai foi ficando insuportável viver comigo, assumo.

O grande click me veio agora em janeiro, após um já amargo final de ano, quando a mellhor amiga - praticamente irmã de alma - te devolve em meio à uma situação louca que você tem se mostrado a pessoa mais egoísta que ela conhece.
Metade do meu mundo caiu... a outra entrou em choque e chorou por umas 12h.
Assumo que fui egoísta sim naquela louca situação. Nego que isso seja a regra, especialmente com relação à ela.

E foi nesse misto de mágoa, dúvidas, muita culpa e muita justificativa que me deu o tal do click: essa é a opinião dela quanto a este momento das nossas vidas, e ela não sou eu.

A opinião dela sempre vai ter um peso pra lá de especial pra mim, mas por um momento longo demais na minha crise existêncial eu considerei como lei.
Não digo que a mágoa, dúvidas, culpas e justificativas já se resolveram, tá um bocado longe ainda, mas o click me lembrou de que eu serei o que eu me dedicar a ser... não o rótulo a mim designado.


13 novembro, 2013

2 anos

Hoje faz 2 anos que meu velhinho favorito se foi do nosso dia-a-dia.

Hoje já não sofro tanto, tirando o dia em que o vi em filmagens antigas e chorei como um bebê desamparado.
Engraçado que não lembro dele em dia de finados e menos ainda no dia de missa de XX tempo... penso nele quase toda semana, em especial nas orações de segunda, nas seguidas bananas que a pequena come tão igual à ele, em alguma piada sem graça e na maioria das coisas pequenas, mas tudo cheio de ternura.

Pra ele dedico meu sorriso mais sincero hoje pois sei que ele não passa muito tempo longe e dedica também suas maiores ternuras para nós, e o que importa é o bem estar de todos nós.